Unidades industriais, novas ou existentes, onde haja produção, armazenamento e/ou manipulação de substâncias inflamáveis e/ou tóxicas, estão suscetíveis à ocorrência de eventos indesejáveis decorrentes fundamentalmente da perda de contenção de produtos perigosos. A fim de diminuir a probabilidade de ocorrência e gravidade do sinistro, estes riscos devem ser detectados previamente por meio de técnicas estruturadas. Dentre estas metodologias, têm-se a Análise Preliminar de Perigos (APP), a Análise de Perigos e Operabilidade (HazOp), a Análise de Modos de Falhas e Efeitos (FMEA), a técnica What if?, dentre outras.
Análise Preliminar de Perigos (APP)
A técnica de Análise Preliminar de Perigos – também comumente denominada de Análise Preliminar de Riscos (APR) – permite a detecção sistemática e qualitativa de eventos indesejáveis. Para cada um dos perigos identificados, a metodologia relaciona suas causas, consequências, modos de detecção do evento acidental bem como outros dispositivos (salvaguardas) instalados na unidade que possam minimizar a severidade dos efeitos do sinistro. Dessa forma, a equipe responsável pela elaboração da APP é capaz de sugerir medidas preventivas ou mitigadoras na tentativa de eliminar as causas ou reduzir os efeitos danosos resultantes dos cenários de acidente analisados.
Análise de Perigos e Operabilidade (HazOp)
A Análise de Perigos e Operabilidade (HazOp) tem por objetivo identificar eventuais desvios de projeto ou na operação de uma instalação. A técnica deve ser colocada em prática por equipe multidisciplinar e consiste na busca estruturada e sistemática de possíveis desvios através da associação de palavras-guia com parâmetro de processo em cada ponto de estudo (nó) do processo. Após determinar os desvios, o grupo deve analisar as possíveis causas e consequências de cada desvio, bem como avaliar se os sistemas de proteção existentes são suficientes. Recomendações para a prevenção de ventos perigos ou reduções de consequências podem ser elaboradas na etapa final do HazOp.